Fortaleza é proibido de jogar no PV, até que os prejuízos da quebradeira contra o Oeste sejam pagos.

Secretário de Esporte e Lazer da Prefeitura de Fortaleza diz que o clube ainda não pagou o aluguel do PV da partida contra o Oeste, em 2012

A partida entre Fortaleza e Oeste ainda causa danos ao tricolor cearense. Os psicológicos podem ter sido superados, mas o clube sofre com prejuízos financeiros decorrentes deste jogo. 

Além dos mais de R$ 148 mil que devem ser pagos por conta do quebra-quebra causado no Estádio Presidente Vargas, a Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza cobra o aluguel do PV, que não teria sido pago na partida.

O valor é referente a 7% da renda - que foi de R$ 530.302,00 - e geralmente é pago após o jogo, descontando-se no borderô. Mas, de acordo com o Secretário de Esporte e Lazer de Fortaleza, Márcio Lopes, os cerca de R$ 37 mil que custeiam, entre outras coisas, manutenção do campo e energia elétrica, não foram descontados.

- Tem que pagar. Não tem controvérsia. Só joga aqui (no PV) se honrar a dívida. Isso não se discute. Não admito nem discussão. Tou tentando formalizar reunião pra ver essa questão. Já mandei ofício pra Federação (Cearense de Futebol) chamando Federação e representante do clube pra resolver isso - declarou Márcio Lopes.

O GLOBOESPORTE.COM/CE tentou ouvir o presidente do clube, Osmar Baquit, e o vice, Daniel Frota, mas as chamadas não foram atendidas. 

Para evitar que ocorrências desse tipo se repitam, Márcio Lopes informou que, a partir deste ano, os clubes que jogarem no Presidente Vargas terão que assinar um contrato padrão, comprometendo-se a pagar todos os custos para a utilização do estádio.

- Nós aceitamos tirar da própria renda. Não pode é ficar atrasado. Era dinheiro que já era deixado no dia do jogo. Vamos deixar isso formalizado agora via contrato - pontuou o secretário.

O primeiro jogo do Fortaleza em casa está marcado para ser justamente no PV, dia 24, pela Copa do Nordeste. O tricolor recebe o Sousa/PB, pela segunda rodada da competição regional.

 Quebra-quebra também deverá ser pago

A respeito do processo encaminhado pela gestão anterior da Prefeitura de Fortaleza para a Procuradoria Geral do Município, cobrando pagamento do Fortaleza pelos danos causados pela torcida durante a partida, Márcio Lopes informou que esta nova gestão dará continuidade aos trâmites para punir o clube.

- Não é questao de depender da pessoa que senta nessa cadeira (de Secretário), é Prefeitura de Fortaleza cobrando. Temos aqui toda formalização administrativa do processo que foi encaminhado à Procuradoria. Se já entraram na justiça e virou ação judificial, ainda não sei - esclarece.

No dia 11 de novembro, 693 cadeiras foram danificadas, assim como dois corrimãos, duas portas, dois portões, uma parede do banheiro masculino e oito lixeiras. Os danos foram identificados em laudo divulgado pela Prefeitura de Fortaleza, encaminhado, em seguida, à Procuradoria Geral do Munícipio (PGM).

- Não é possivel que o patrimônio seja destruído e ninguém seja punido por isso. As torcidas ajudam o clube a faturar e ao mesmo quebram patrimônio público e fica por isso mesmo? - conclui o Secretário.

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